Lembrando as mulheres João Carlos da Costa ‘O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer’. A pandemia do coronavírus ofuscou as solenidades e comemorações alusivas à comemoração do Dia e do Mês da Mulher. Se, da mesma forma que muitas esta doença pessoas foram contagiadas em questões de minutos ou segundos, praticamente neste mesmo tempo, em diversas partes do mundo, em situações de isolamento compulsório, ou não, mulheres continuam sendo vítimas de violência física, psicológica e de outras modalidades. No Brasil, apesar de a Lei Maria da Penha e de outras legislações criadas como forma de prevenção a todo tipo de agressão doméstica, a impressão que se tem é que, principalmente o feminicídio e as agressões físicas, vêm se tornando corriqueiros e as medidas protetivas já não dão resultado esperado para limitar a distância entre o agressor e a vítima. Muitas mulheres têm sido estupradas, mortas de maneiras bastante trágicas e os criminosos, covardemente e cientes de uma justiça tardia e muitas vezes falha, botam fé na possibilidade de impunidade. O receio da denúncia, inclusive, é uma das formas de intimidação provocada pelos algozes, e com isso, o silêncio de algumas mulheres vítimas gera cumplicidade indesejada e causa obstáculo na busca pela justiça. O Dia Internacional da Mulher e o próprio Mês da Mulher, março, geralmente é celebrado com programações alusivas, repleto de homenagens, orientações e atividades específicas, para que tenham momentos alegres e razões para comemorar. No entanto, pela própria história, esses dia e mês de conscientização, servem também para lembrar as lutas por respeito à mulher como ser humano e pela eterna busca do direito de igualdade e de reflexões por todas as crueldades sofridas diariamente. Esse período comemorativo não deveria marcado por protestos, pois se estes existem é porque muito ainda tem para ser feito. É preciso investir, efetivamente, em projetos de curto, médio e longo prazos, que previnam e protejam a mulher contra qualquer tipo de violência. Logo, por mais que hajam situações imprevisíveis, como a do momento em que o mundo todo é assolado por uma forte pandemia, no a n esquecer de valorizar e reconhecer a relevante participação da mulher como principal suporte da humanidade.
A Revista Sociedade Policial surgiu em 2009 como veículo de divulgação na área de Segurança Pública.
© 2023 Todos os direitos reservados a Revista Sociedade Policial
A Revista Sociedade Policial surgiu em 2009 como veículo de divulgação na área de Segurança Pública.
© 2023 Todos os direitos reservados a Revista Sociedade Policial
A Revista Sociedade Policial surgiu em 2009 como veículo de divulgação na área de Segurança Pública.
© 2023 Todos os direitos reservados a Revista Sociedade Policial