Mais que uma profissão

O dia 21 de abril é a data que lembra morte do mártir da Inconfidência Mineira, Joaquim José da Silva Xavier, Tiradentes, apelido herdado de seu ofício de dentista na região onde morava. Nesta data também é comemorado o Dia das Polícias porque tem ele como patrono, devido ao fato de ter sido ele um alferes, posto militar ou graduação militar existente em alguns países, inclusive no Brasil, na época do império.

​​​​O policiamento daquele período era feito pela Guarda Imperial, responsável pela guarda de propriedades e do ouro e outras riquezas extraídas nas terras brasileiras, que tinham a quinta parte enviada para Portugal a título de imposto, o famoso quinto dos infernos, como era conhecido. Era formada por voluntários ou por pessoas recrutadas à força das camadas mais pobres, sem qualquer tipo de instrução. Era uma das poucas profissões acessíveis aos menos favorecidos.

O fato de não ser exigida a qualificação necessária atraía pessoas de todas as índoles. Muitos se aproveitavam do poder de “autoridade” para exigir propinas, envolver-se com marginais e cometer atos ilícitos. Isso fez com que a população, tradicionalmente, formasse um conceito errôneo que perdurou por muito tempo, a respeito do trabalho policial. Com o passar dos tempos, quando surgiram os primeiros concursos para  ingresso na carreira policial era visto como falta de opção ou de aptidão para outros cargos e desaconselhado pela maioria dos pais. Para os mal-intencionados de plantão, ser policial era encontrar oportunidades para o enriquecimento ilícito individualmente ou por envolvimento com pessoas de péssima reputação. Por esses motivos, até algum tempo atrás, quando se perguntava o porquê de querer entrar para a polícia, não era raro receber como resposta “porque quero ficar rico”. Confesso que já ouvi isso.

​​​​​​​Ainda bem que essa época acabou e as polícias brasileiras atuais têm muitos policiais verdadeiramente vocacionados, treinados e capacitados para o exercício das suas funções. Entretanto, assim como em qualquer outra empresa ou instituição, as polícias não estão livres dos casos isolados e muitas vezes inevitáveis, venham ainda macular a sua imagem. Isto porque as polícias geralmente são os órgãos públicos mais próximos e presentes nos momentos de intranquilidade das pessoas e isso faz com que, mesmo no correto exercício da função, qualquer falha se torna mais visível aos olhos da sociedade que, atualmente, requer um policial multifuncional: ora médico, conselheiro, psicólogo, assistente social ou até “fantasma”, quando querem chamar a polícia para dar apenas um susto em alguém que esteja cometendo ações não condizentes com os bons costumes. Mas, como um anjo, nas horas difíceis, sempre que possível haverá um responsável pela segurança pública de prontidão para dar o atendimento ostensivo preventivo, e de polícia judiciária necessários para a população.  Parabéns Policiais, visíveis ou invisíveis, a serviço do bem e da tranquilidade de todas as comunidades.

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