Protestos sim, selvageria, não!

O direito de protesto e manifestação está previsto na nossa Constituição Federal, no inciso XVI, artigo 5.º: “todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais aberto ao público, independentemente de autorização. Neste artigo estão compreendidos três outros direitos constitucionais: liberdade de expressão, liberdade de reunião e liberdade de associação. Sempre digo que a Constituição Federal deveria ser ensinada nas escolas desde o ensino fundamental, porque nela estão descritos os direitos e deveres dos cidadãos, apesar que muita gente só observa os direitos.
O ato bestial que ocorreu nos EUA, quando o cidadão George Floyd foi morto por um policial que o matou por asfixia desencadeou naquele país e em outras partes do mundo, uma onda de protestos, alguns pacíficos, mas outros com vandalismo, provavelmente provocados por marginais infiltrados, membros de entidades ou movimentos totalmente alheios à causa.
Os casos de grande comoção social, naturalmente, geram protestos e manifestações, principalmente quando estão relacionados a assuntos que, embora frequentes, suas discussões caem no ostracismo e só vêm à tona quando repercutem. O racismo, por exemplo, e outros tipos de discriminação e preconceitos que fazem vítimas a todo instante, não passam de meros assuntos debatidos, com propostas e alternativas para a coibição, mas que as possíveis soluções não saem disso.
O sentimento de repúdio, quanto mais inflamado, gera ódio e descontentamento, especialmente nesses períodos de pandemia, quando as pessoas afetadas pelas transformações no comportamento das pessoas. No entanto, nada disso justifica atos de violência e vandalismo, pois quem mais sofre com isso é justamente quem nada tem a ver com a situação. Destruir o patrimônio público ou de particular para demonstrar revolta, não são atos de pessoas mentalmente sãs. E pessoas que participam, especialmente num momento como este, em que estão proibidas as aglomerações, em que temos que cuidar uns dos outros, deve prevalecer o bom senso.
Racismo e qualquer outros tipos de discriminações e preconceitos devem ser combatidos com rigor e as melhores armas para isso são a cultura e a educação. Vandalismo é selvageria e a lei tem que prevalecer sobre aqueles que a transgredirem, principalmente quando tiram proveito de causas nobres para se manifestar de maneira criminosa. Talvez mais com intenção de desviar o foco do assunto do que o real interesse em buscar soluções. Racismo e democracia não se confundem e são coisas muito sérias!
João Carlos da Costa é pré-candidato a vereador por Curitiba.

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